Iole de Freitas

Iole de Freitas estudou na Escola de Desenho Industrial do Rio de Janeiro (1964 – 1965). De 1970 a 1978, morou em Milão, Itália, onde trabalhou como designer no Corporate Image Studio da Olivetti. A partir de 1973, produz e expõe seu trabalho artístico. Os primeiros trabalhos de Iole de Freitas foram as sequências fotográficas e os filmes experimentais
experimentais que ela produziu durante sua estada na Itália, nas quais o corpo já estava estabelecido como elemento estruturador da obra. Quando ela começou a experimentar a linguagem escultórica, a presença do corpo como imagem deu lugar aos sinais de seus gestos, transferindo suas tensões e poderes para o corpo da escultura. Nas esculturas monumentais desenvolvidas a partir da década de 1990, o espaço é costurado em gestos amplos, como um corpo que dança em escala arquitetônica e estabelece continuidades imprevistas entre o interior e o exterior, testando os limites entre monumentalidade e leveza. Em sua produção mais recente, a artista se concentra nas questões internas de cada escultura, agora em uma escala menor, como o côncavo e o convexo, a textura e as relações entre as partes.
Iole de Freitas iniciou seu treinamento em dança contemporânea no Rio de Janeiro, para onde se mudou aos seis anos de idade. Estudou na Escola Superior de Desenho Industrial da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e, em 1970, mudou-se para Milão (Itália), onde iniciou sua produção artística e sua participação em exposições, além de trabalhar como designer para o Corporate Image Studio da Olivetti, sob a orientação do arquiteto Hans von Klier.

Dentre as exposições, destacam-se as seguintes: 9ª Bienal de Paris (1975); 15ª Bienal Internacional de São Paulo (1981); exposição itinerante “Cartografias” (1993), Bronx Museum (Nova York), National Gallery (Ottawa, Canadá) e também em Winnepeg (Canadá); Bogotá; Caracas e Madri; Bienal Brasil Século XX (São Paulo, 1994); “O corpo da escultura: A obra de Iole de Freitas”, no Museu de Arte Moderna de São Paulo e no Paço Imperial do Rio de Janeiro (1997); Projeto para instalações permanentes do Museu do Açude, no Rio de Janeiro (1999); Exposição individual no Centro de Arte Hélio Oiticica (Rio de Janeiro, 2000), “Iole de Freitas”, no Museu Vale (Vila Velha, 2004), e “Iole de Freitas”, no Centro Cultural Banco do Brasil (Rio de Janeiro, 2005); 5ª Bienal do Mercosul (Porto Alegre, 2005). Em 2007, Iole foi convidada a realizar um site-specific na Documenta 12, 2007, Kassel, Alemanha.

Em 2008, apresentou seu trabalho na Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre. Em 2009 expôs na Casa França-Brasil (Rio de Janeiro) e na Pinacoteca do Estado de São Paulo, e participou da exposição “O Desejo da Forma” na Akademie der Kunst, em Berlim. Em 2015, Iole ocupou o Espaço Monumental do MAM do Rio de Janeiro com a exposição “O peso de cada um”. Em 2016, participou da exposição “Os Outros e o UM: Arte Contemporânea Brasileira, no Instituto Tomie Ohtake. Em 2017, participa da exposição “Modos de ver o Brasil: Itaú Cultural 30 anos”, Oca, Parque Ibirapuera (São Paulo) e em 2018 na exposição ”BRASIL. Knife in the Flesh” no PAC – Padiglione d’Arte Contemporanea (Milão). No mesmo ano, participou da exposição “Radical Women: Latin American Art, 1960-1985” no Hammer Museum e, em 2019, no Brooklyn Museum e na Pinacoteca do Estado de São Paulo.

© Galeria Raquel Arnaud